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Milhões e alguma desconfiança à espera de Ederson

Guardião em Manchester para assinar pelo City, por cerca de 40 milhões de euros. "Premier League não é a mesma coisa", avisam


Ederson Moraes está perto de assinar pelo Manchester City e, segundo informações de ontem à noite, terá já aterrado na cidade inglesa, onde é esperado que hoje realize os habituais testes médicos antes de ser oficializado como reforço da equipa de Pep Guardiola, que a semana passada contratou o português Bernardo Silva. O internacional brasileiro poderá entrar para a história como o segundo guarda-redes mais caro do futebol mundial, caso se confirmem as verbas avançadas por diversos media ingleses - entre 40 e 50 milhões de euros.

Até hoje, o italiano Gianluigi Buffon mantém-se como o recordista mundial entre os guarda-redes, graças aos 54 milhões de euros que a Juventus pagou ao Parma em 2001, num negócio que, no entanto, também envolveu a ida do médio Bachini (avaliado em cerca de 16 milhões de euros) para o Parma.

Mas os milhões envolvidos nesta iminente transferência de Ederson deixa desconfiados os mais céticos no Reino Unido. Ao DN, dois ex-guarda-redes britânicos fazem questão de salientar que Ederson ainda não foi posto verdadeiramente à prova, pelo que o City poderá estar a correr um risco com o internacional brasileiro.

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"Não o conheço muito bem, só dos jogos das competições europeias. É muito rápido, joga bem com os dois pés, mas jogar no Benfica não é a mesma coisa do que jogar na Premier League, com pressão em quase todos os jogos, é bastante diferente da realidade do campeonato português", começou por revelar Chris Kirkland ao DN, tentando depois justificar os muitos milhões que o City poderá pagar.

"Não há muitos guarda-redes de topo disponíveis, daí que [os dirigentes do City] não se importem de gastar muitos milhões para contratar um jovem com margem para evoluir. Ederson parece ter essa margem, mas, repito, terá de o provar. E não será fácil, num grande clube como o City, com a pressão dessa possível transferência de muitos milhões. Por outro lado, está já habituado a jogar ao mais alto nível, na Champions, e isso poderá ajudá-lo. Se tudo começar bem, acredito que ultrapassará esse primeiro obstáculo", afirmou o ex-internacional inglês, que defendeu o Liverpool, Coventry e está agora no Wigan.

E são esses mesmos milhões que parecem preocupar o ex-guardião Tommy Wright, que passou quatro anos ao serviço dos citizens, entre 1997 e 2001. O agora treinador dos escoceses do St. Johnstone também falou ao DN da eventual pressão que Ederson poderá sentir.

"Não será fácil para nenhum jovem jogador lidar com esses valores. Ainda para mais num clube como o City, que vai lutar pelo título. Ederson terá muita pressão para apresentar resultados, o que poderá não ser bom", disse o treinador, abordando depois a maior competitividade que o brasileiro terá ao serviço dos citizens.

"O Benfica é um grande clube, mas é diferente jogar em Portugal e em Inglaterra. Aí [no Benfica], os jogos mais competitivos terão sido certamente na Champions ou entre os clubes que lutavam pelo título. Pelo City terá sempre dois jogos por semana de intensa competitividade. Pelo que já vi percebo as razões por que o querem contratar, mas terá, claro, de demonstrar as suas qualidades num outro patamar", afirmou Wright, que, contudo, valoriza o facto de ser uma contratação com a chancela de Pep Guardiola.

"Ele já trabalhou com alguns dos melhores guarda-redes do mundo, como Valdés ou Neuer, por isso a escolha de Ederson não será de grande risco. Se optou por contratá-lo é porque o conhece muito bem e identifica bastantes qualidades nele. Do que vi, também posso dizer que se revelou um jogador muito seguro e confiante. Recordo-me da eliminatória com o Borussia Dortmund, na qual Ederson provou ter muita qualidade. Mas não se pode definir um jogador apenas por um par de jogos. Com toda a certeza que Guardiola tem uma maior documentação e pontos de análise. Não se gastam 40 ou 50 milhões facilmente", concluiu o treinador.


Perante as notícias de uma transferência iminente, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pediu ontem esclarecimentos à SAD do Benfica, noticiou o site Dinheiro Vivo, mas até à hora de fecho desta edição não foi divulgada qualquer resposta oficial encarnada. Os direitos económicos do guarda-redes de 23 anos são repartidos entre o Benfica (50%), Rio Ave (30%) e Gestifute do empresário Jorge Mendes (20%).

O City tem como guarda-redes o chileno Claudio Bravo e Joe Hart, internacional inglês que esteve cedido ao Torino nesta última época.

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