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Sobe para 17 o número de mortos no incêndio em Londres


Número de vítimas deve continuar a aumentar, admitem autoridades. Primeira-ministra britânica visitou esta manhã o local, mas não esteve com residentes ou voluntários.



O comandante da polícia de Londres, Stuart Cundy, revelou na manhã desta quinta-feira que subiu para 17 o número de mortos no incêndio que destruiu a Grenfell Tower.

As autoridades admitem que o número de vítimas possa vir a ser superior e há planos para que equipas de resgate e salvamento entrem no edifício da capital britânica, que ardeu completamente, para tentar perceber se ainda há sobreviventes, já que há um número indeterminado de pessoas desaparecidas. Os bombeiros vão entrar depois de cães pisteiros serem enviados para dar sinal de eventuais sobreviventes.

Cundy referiu ainda que as operações no interior da torre de 24 andares devem prolongar-se pelas próximas semanas e que nada sugere que o incêndio tenha deflagrado por causas relacionadas com terrorismo, ainda que a o motivo esteja por apurar. O mesmo responsável disse ainda que é demasiado cedo para afirmar que o projeto de remodelação do edifício teve alguma coisa a ver com o avanço das chamas e que as autoridades esperam maiores dificuldades no acesso aos últimos andares do prédio.
Nesta altura, ainda há 37 pessoas internadas em hospitais da capital britânica, das quais 17 em estado grave.

A comissária dos bombeiros, Dany Cotton, disse que as autoridades não sabem realmente quantas pessoas morreram no incêndio e que os bombeiros estão traumatizados pela incapacidade de salvar mais pessoas."Tragicamente, agora não esperamos encontrar mais alguém com vida", disse a comissária à Sky News.

Mais de 200 bombeiros trabalharam durante a noite, mas partes do prédio ainda são consideradas inseguras.

Cerca de 600 pessoas viviam em 120 apartamentos na Torre Grenfell, que tinha 24 andares.

O edifício de habitação social, construído em 1974, foi submetido a obras orçadas em 8,6 milhões de libras (9,7 milhões de euros) e concluídas em maio do ano passado, de acordo com o Royal Borough of Kensington and Chelsea.

Revestimento foi combustível para o incêndio
Os moradores garantem que o revestimento da Grenfell Tower, em Londres, terá sido o combustível que fez propagar até ao 24.º andar um incêndio com origem no segundo piso do edifício. A análise é partilhada por arquitetos e engenheiros ouvidos pelo DN. "Pelos dados disponíveis", referiu o arquiteto Paulo Ramos, "tudo indica que a fachada do edifício tem um revestimento com o objetivo de isolar a temperatura interior. O fogo terá feito o seu caminho por aí, funcionando isso como uma espécie de chaminé que levou as chamas até ao topo".

Para o presidente da Society of Fire Protection Engineers em Portugal, "nas novas construções, quer em Portugal quer em Inglaterra, tal seria quase impossível de acontecer", uma vez que "existem regras sobre a utilização de materiais não combustíveis nos revestimentos dos edifícios".

Theresa May já visitou o local
A primeira-ministra britânica, Theresa May, esteve esta manhã junto à Grenfell Tower, tendo reunido com os representantes dos serviços de emergência. Durante a curta visita, May não esteve, porém, com os residentes e os voluntários que se prontificaram a auxiliar os bombeiros nas operações, o que suscitou inúmeras críticas. Alegando "razões de segurança", a primeira-ministra acabou por deixar o local sem contactar com as vítimas ou com as equipas visivelmente exaustas no local.
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