A Selecção Nacional sénior feminina de andebol venceu ontem os Camarões, por 33-23, na sua última partida da Taça Presidente, para disputa do décimo nono lugar do 23.º Campeonato do Mundo, que se disputa na Alemanha.
Campeãs africanas ficaram alguns furos abaixo do nível competitivo perspectivado com a realização de estágios no exterior
Fotografia: José Cola|Edições Novembro
Ao intervalo, o "sete" nacional vencia por 16-12, num jogo onde o contra-ataque permitiu às comandadas de Morten Soubak desfazer algum equilíbrio que se registava entre as equipas. No reatamento, Angola tomou definitivamente as rédeas do encontro, com uma defesa mais profunda, mantendo as camaronesas mais distantes da baliza defendida por Marta Alberto.
Uma vez mais, o recurso ao contra-ataque permitiu obter a vantagem de 25-16, aos 40 minutos, diante do total descontrolo da selecção dos Camarões. A vencer por 10 golos (27-17), aos 45 minutos, Angola geriu tranquilamente o restante tempo de jogo, até aos 33-23 finais.
Juliana Machado, com 8 golos apontados, foi considerada a jogadora mais valiosa da partida. Em 66 ataques, as campeãs africanas marcaram 33 golos, eficácia na ordem dos 55 por cento, ao passo que em igual número de ataques as camaronesas apontaram 23 tentos, 38 por cento de eficiência.
As camaronesas produziram 20 falhas técnicas, mais cinco que as angolanas. Nas exclusões por dois minutos, Angola teve quatro, mais duas que os Camarões. Na marcação de golos na linha dos sete metros, em cinco tentativas as campeãs africanas converteram quatro, 80 por cento de eficácia, enquanto as adversárias em oito livres marcaram quatro, com 50 por cento de eficiência. Morten Soubak e pupilas regressam amanhã às 6h30.
África em risco
A Tunísia, outro representante africano, ocupou o último lugar da classificação, ao perder diante da Argentina, por 19-29, após desfavoráveis 10-15 ao intervalo. Domingo, as tunisinas foram derrotadas pela China, por 31-32, ficando relegadas à disputa do 23.º posto, diante das argentinas, que haviam perdido com o Paraguai.
A má prestação das selecções africanas pode provocar nova redução do número de representantes do continente, na próxima edição do Campeonato do Mundo, a realizar-se em Dezembro de 2019, no Japão. A Suécia conseguiu a vitória mais dilatada, nas quatro primeiras partidas dos oitavos-de-final, disputadas domingo, ao vergar a Eslovénia por expressivos 33-21, com 18-12 ao intervalo.
Após a surpreendente vitória sobre a Noruega, na última jornada do Grupo B preliminar, as suecas confirmam assim a sua candidatura às meias-finais, tendo pela frente outro representante do Norte da Europa, a Dinamarca, na partida dos quartos-de-final, agendada para amanhã.
França e Dinamarca confirmaram o favoritismo e asseguraram o passe aos quartos-de-final. As francesas, actuais vice-campeãs olímpicas, derrotaram a Hungria, por 29-26, enquanto a Dinamarca deixou pelo caminho as anfitriãs, vencendo por 21-17. No duelo dos Balcãs, Montenegro eliminou a Sérvia, com vitória por 31-29, após favoráveis 14-09 ao intervalo.
Ontem disputaram-se as últimas quatro partidas dos oitavos-de-final, com o cartaz seguinte: Roménia-República Checa, Rússia-Coreia do Sul, Japão-Holanda e Espanha-Noruega.
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