Navios russos estão a passar demasiado perto dos cabos submarinos do Atlântico, alerta um chefe militar britânico, que acusa o país de estar a levar a cabo "uma guerra não convencional"
O aviso é de Stuart Peach, um chefe militar britânico: os navios russos estão a passar demasiado perto dos cabos do Atlântico que transportam as comunicações entre a Europa e os EUA. Para Peach, esta manobra constitui uma ameaça real para os países da NATO, uma vez que essas ligações são essenciais para o comércio internacional entre os dois continentes.
Para o Air Chief Marshall Peach, citado pelo The Guardian, a Rússia está na verdade a levar a cabo "uma guerra não convencional", e a possibilidade de danificar essas ligações é um claro exemplo das intenções do seu Presidente, Vladimir Putin.
"Existe um novo risco para a nossa prosperidade e estilo de vida, cortar esses cabos ou destrui-los iria imediatamente - e catastroficamente - fraturar tanto o comércio internacional, como a Internet", afirmou o militar, que desde lidera uma comissão da NATO.
A teoria ganha ainda mais força quando é recordada uma das estratégias que a Rússia adotou quando invadiu a Crimeia, em 2013: cortou o cabo principal que ligava o país ao resto do mundo.
Apesar do alerta, os navios russos poderão estar apenas a passar muito perto das ligações numa tentativa de intercetar informações importantes, algo que os próprios norte-americanos e britânicos já fizeram.
Para Marshall Peach, existe uma forma de combate a esta ameaça: "Para enfrentar a modernização da marinha russa, o Reino Unido e os outros países da NATO têm de dar prioridade a missões que protejam as linhas subaquáticas de comunicação", aconselha o militar.
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